No sistema feudal, o rei concedia terras a grandes senhores. Estes, por sua vez, davam terras a outros senhores menos poderosos, chamados cavaleiros, que, em troca, lutavam a seu favor. Quem concedia a terra era um suserano, e quem recebia era um vassalo. O vassalo, ao receber a terra, jurava fidelidade a seu senhor.
A sociedade feudal era dividida em estamentos. Nos estamentos, a posição social do indivíduo é determinada pelo seu nascimento. Ou seja, se nascesse camponês, continuaria sendo camponês pelo resto da vida, não havendo possibilidade alguma de ascensão social. Assim, seus filhos e netos também seriam camponeses. Havia basicamente dois estamentos: o dos senhores e o dos servos.
O senhor tinha a posse legal da terra, o poder político, militar, jurídico e religioso (quando era um padre, bispo ou abade). Os servos não tinham propriedade da terra e estavam presos a ela. Não podiam ser vendidos como se faziam com os escravos, nem tinham liberdade para abandonar a terra onde nasceram.
Essa organização da sociedade estamental era justificada pelo clero da seguinte maneira:
"O próprio Deus quis que entre os homens alguns fossem senhores e outros servos, de modo que os senhores venerem e amem a Deus, e que os servos amem e venerem o seu senhor, seguindo a palavra do apóstolo: 'Servos, obedecei a vossos senhores temporais com temor e apreensão; senhores, tratai vossos servos de acordo com a justiça e a equidade' ".
O feudo
O feudo era o domínio do senhor feudal. Cada feudo compreendia uma ou mais aldeias, as terras cultivadas pelos camponeses, as florestas e as pastagens comuns, a terra pertencente à igreja paroquial e a casa senhorial, que ficava na melhor terra cultivável. Pastos, prados e bosques eram usados em comum. A terra arável era dividida em duas: uma, em geral a terça parte do todo, pertencia ao senhor; a outra parte ficava em poder dos camponeses. Nos campos dos feudos plantavam-se principalmente cereais (cevada, trigo, centeio e aveia). Cultivavam-se também favas, ervilhas e videiras. Os utensílios da lavoura eram rudimentares. Eram usados arado ou charrua, enxada, a pá, a foice, a grade e o podão. Nos feudos criavam-se carneiros, que forneciam lã; bovinos que forneciam leite; e cavalos, para a guerra e para o transporte.
O declínio do sistema feudal
O fator que mais contribuiu para o declínio do feudalismo foi o ressurgimento das cidades e do comércio. Assim, os camponeses passaram a vender mais produtos e conseguir mais dinheiro. Com esse dinheiro, alguns puderam comprar sua liberdade. Outros simplesmente fugiram para as cidades em busca de melhores condições de vida. O aparecimento das monarquias nacionais, principalmente na França e Inglaterra foi outro fator decisivo, pois os reis desses países conseguiram diminuir cada vez mais o poder dos nobres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário